domingo, 21 de novembro de 2010

Chateauneuf du Pape

Na última 5ª feira, dia 18, estivemos no Rosmarino, para uma de nossas últimas degustações de 2010. Uma excelente oportunidade em que degustamos seis grandes exemplares de Chateuneuf du Pape. O menu, novamente escolhido pelo nosso confrade Paulo Sampaio estava excelente, como de costume.

A harmonização dos vinhos com o menu escolhido foi primorosa..

Couvert: Pães especiais da casa, chèvre al huille e relish de pepino.

Entrada: Crepes de queijo e nozes.

Prato principal: Coq au vin, feito com galinha caipira, cogumelos, cebolinhas e bacon com arroz branco.

Sobremesas
As já tradicionas Pastiera de Grano, Tiramisù, Bavarese de Chocolate, Tarte Tatin de Pera, Creme Brulée e Torta de Maçã.

O ambiente e a comida estavam excelentes, como de costume.

Devido à falta de diversos confrades, a degustação contou com apenas seis vinhos, sendo que dois deles eram do mesmo produtor, porem de safras diferentes, com níveis alcoólicos variando entre 14 e 15% 
 

A seguir uma breve descrição dos vinhos degustados:

Clos de L'Oratoire des Papes 2005      
Produtor: Ogier Cave des Papes 
País/Região: França/Chateauneuf du Pape      
Graduação alcoolica: 14.5%        
         
Les Petits Pieds d'Armand 2003
Produtor: Domaine des Relagnes 
País/Região: França/Chateauneuf du Pape      
Graduação alcoolica: 14% 
         
Domaine de Marcoux 2006       
Produtor: Domaine de Marcoux   
País/Região: França/Chateauneuf du Pape      
Graduação alcoolica: 15% 
         
Les Bartavelles 2006       
Produtor: Jean Luc Colombo      
País/Região: França/Chateauneuf du Pape      
Graduação alcoolica: 14% 
         
Les Cailloux 2004  
Produtor:  Lucien et andre Brunel
País/Região: França/Chateauneuf du Pape      
Graduação alcoolica: 14% 
         
Clos de L'Oratoire des Papes 2006      
Produtor: Ogier Cave des Papes 
País/Região: França/Chateauneuf du Pape      
Graduação alcoolica: 14.5%

Vale a pena prestar atenção nas diferentes composições dos vinhos degustados

Vinhos degustados


Os Chateauneuf du Pape são vinhos excelentes e devem ser bebidos jovens. Os vinhos degustados eram bem alcoólicos, entretanto muito agradáveis de ser bebidos. São vinhos macios e frutados, com excelente sabor. No nariz, pudemos perceber aromas de ameixas maduras, cereja e framboesa, alem de, em alguns casos, aromas intensos de violetas e especiarias. Para alguns dos confrades, o 2003 já apresentava alguma oxidação.

O painel apresentou resultados bastante diversos, sendo que o vinho que ficou em último lugar, o Les Bartavelles 2006, foi escolhido o segundo melhor vinho por um dos confrades e o pior para outros 3. O segundo melhor vinho da noite, o Les Cailloux 2004, foi considerado o melhor por dois confrades, o segundo melhor por um terceiro e o pior vinho por um outro, ficando somente 0,3 pontos atrás do primeiro colocado.

O Campeão da noite, foi o Domaine de Marcoux 2006, importado pela Cellar, que ficou em primeiro lugar apesar de não ter sido considerado o melhor vinho por ninguem, arrebatando entretanto 4 segundos lugares.
Vejam os resultados completos abaixo.
No nosso próximo encontro, no dia 16 de Dezembro, quando degustaremos Riesling ao redor do mundo. Até lá....

sábado, 13 de novembro de 2010

Châteauneuf-du-Pape - Castas utilizadas

O Châteauneuf-du-Pape é tradicionalmente citado como permitindo treze variedades de uvas a serem utilizadas, mas a versão 2009 das regras da AOC, listam na realidade dezoito variedades, já que as versões blanc (branco), rose (rosa) e Noir (preto) de algumas uvas são explicitamente mencionadas como variedades distintas. Já na versão anterior das regras da denominação, Grenache e Picpoul foram associadas com diferentes normas de poda em suas versões noir e blanc, elevando o número de variedades mencionado anteriormente, de treze para quinze.

As variedades tintas permitidas são Cinsaut, Counoise, Grenache Noir, Mourvèdre, Muscardin, Piquepoul Noir, Syrah, Terret Noir e Vaccarese (Brun Argenté). As variedades brancas e rosa são Bourboulenc, Clairette Blanche,
Clairette Rose, Grenache Blanc, Grenache Gris, Picardan, Blanc Piquepoul, Gris Piquepoul e Roussanne. (As variedades não expressamente mencionadas antes de 2009 são Clairette Rose, Grenache e Piquepoul Gris Gris).

Tanto as variedades tintas e brancas são permitidas em Châteauneuf-du-Pape tinto e brancos. Não há restrições quanto à proporção de variedades de uvas a ser utilizada, e ao contrário de muitas outras denominações, as castas permitidas não são diferenciadas em variedades principais e acessórias. Desta forma, é teoricamente possível produzir um Châteauneuf-du-Pape varietal de qualquer uma das dezoito variedades permitidas. Na realidade, a maioria dos Châteauneuf-du-Pape, são blends dominados por Grenache.

Com 72% do total da superfície vitícola, em 2004, a Grenache Noir é muito dominante, seguida pela Syrah com 10,5% e pela Mourvèdre com 7%, sendo que ambas têm se expandido nas últimas décadas. Cinsaut, Clairette, Grenache Blanc, Roussanne e Bourboulenc cobrem aproximadamente de 1 a 2,5%, e as sete variedades restantes, contam com aproximadamente 0,5% ou menos.

É comum o cultivo da vinha como gobelets (bushvine), e este é o único sistema de formação permitido para as quatro primeiras variedades tintas. A produção está restrita a duas toneladas por acre.

Os vinhos tintos

Na maioria dos Châteauneuf-du-Pape tintos, Grenache noir é a variedade mais comum, embora alguns produtores utilizem uma maior proporção de Mourvèdre. A Grenache produz um suco doce que pode ter quase a consistência de uma geléia quando muito madura. A Syrah é tipicamente misturado para dar cor e especiarias, enquanto a Mourvèdre pode adicionar a elegância e estrutura ao vinho. Algumas propriedades produzem varietais (100%), Grenache noir, enquanto alguns poucos produtores insistem em usar, pelo menos, um montante simbólico de todas as treze variedades permitidas em seu blend. A única propriedade que produz todas as treze variedades e a utiliza com consistência no seu blend, é o Château de Beaucastel.

Os Châteauneuf-du-Pape tintos são geralmente descritos como terrosos, com sabores de caça e indicios de alcatrão e couro. Os vinhos são considerados duros e tânicos, em sua juventude, mas mantêm sua rica caracteristica picante, quando envelhecem. Os vinhos apresentam frequentemente aromas de ervas secas comuns na Provence sob o nome de garrigue. Os Châteauneuf-du-Pape dominados por Mourvèdre tendem a ser mais tânicos, exigindo um período maior de guarda antes de serem consumidos.

Os vinhos brancos

Os Châteauneuf-du-Pape brancos são produzidos com a exclusão das variedades tintas e usando apenas as seis variedades brancas permitidas. As castas brancas contam com 7 por cento do total da area plantada, de acordo com estatísticas de 2004, e um parte delas é utilizada no blend dos vinhos tintos, o que significa uma produção de vinho branco de apenas cerca de 5 por cento do total.

Nos Châteauneuf-du-Pape brancos, a Grenache Blanc e Roussanne fornecem frutado e “fatness” ao blend, enquanto Bourboulenc, Clairette e Picpoul adicionam notas de acidez, floral e mineral. O estilo dos vinhos varia de “lean” e minerais a oleosa e rica com uma variedade de aromas e notas de sabor - incluindo amêndoa, “star fruit”, anis, funcho, madressilva e pêssego. Um varietal de Roussanne, amadurecido em barris de carvalho de envelhecimento, é feito por alguns produtores. A maioria dos brancos são feitos para ser bebido jovem. Alguns brancos Châteauneuf-du-Pape, são destinadas a guarda e tendem a desenvolver aromas exóticos e de cascas de laranja após 7-8 anos. Os vinhos rosés não são permitidos dentro da denominação.

Fonte: Wikipedia

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Châteauneuf-du-Pape

 


















Châteauneuf-du-Pape é uma AOC para vinhos produzidos próximo à vila de Châteauneuf-du-Pape, na região vinícola do Rhône, no sudeste da França. Esta é a denominação mais famosa do sul do vale do Rhône. Os vinhedos estão localizados em torno de Châteauneuf-du-Pape e nas aldeias vizinhas de Bédarrides, Courthézon e Sorgues, entre Avignon e Orange, e cobre pouco mais de 3.200 hectares ou 7.900 acres (32 km2). Mais de 110 mil hectolitros de vinho são produzidas aqui por ano. Mais o vinho é produzido nesta área no sul do Rhône, do que na totalidade do região norte do Rhône.

Clima e Geografia

A denominação se estende desde a margem leste do rio Rhône, perto de Orange, no noroeste, até Sorgues perto de Avignon, no sudeste. A altitude alcança 120 metros em seu ponto mais alto, na parte norte da denominação. Abrange 3.200 hectares de terra com pelo menos três diferentes tipos de solo ou terroirs. No norte e nordeste as famosas “galets roulés”, pedras redondas ou seixos que cobrem o solo argiloso. A rochas são famosas por manter o calor do sol abundante, 2800 horas por ano, liberando-o à noite, favorecendo o amadurecimento das uvas mais rápido do que na parte oriental da denominação, onde o solo é composto principalmente por areia, bem como no sul, onde o solo é mais arenoso. O poderoso vento mistral carrega a umidade para longe, intensificando o clima seco.

Terroir

O terroir característico de Châteauneuf-du-Pape vem de uma camada de pedras chamado galets. As rochas são geralmente quartzito e remanescentes das geleiras alpinas que foram suavizadas ao longo de milênios pelo Rio Rhône. A pedra mantém o calor durante o dia e o libera durante a noite, apressando o amadurecimento das uvas. As pedras também podem servir como uma camada protetora para ajudar a reter a umidade do solo durante os meses secos do verão. Algumas das mais prestigiadas vinhas na região, como o Chateau Rayas, têm uma aparência mais tradicional, sem as galets. Estas são na maioria das vezes vinhas situadas em encostas viradas para o sul, onde o calor nocturno irradiado pelas pedras seria prejudicial para as videiras e causaria a sobrematuração das uvas.

La Crau

La Crau é de longe a mais famosa vinha de Chateauneuf-du-Pape. Esta vinha é propriedade principalmente do Domaine du Vieux Télégraphe, um dos mais clássicos Chateauneuf, mas também o produtor Henri Bonneau mantém uma firme posição aqui. A vinha é muito rica nas referidas “galets roulés”.

Vinho Châteauneuf-du-Pape

Châteauneuf-du-Pape existe como vinho branco e tinto, sendo o tinto a grande maioria dos vinhos produzidos na região. As regras da denominação não permitem vinhos rosé. Os vinhos são normalmente embalados em pesadas garrafas de vinho escuras, gravadas com o emblema e a insígnia papal.

Fonte: Wikipedia