No último dia 20 de outubro, realizamos uma excelente degustação no Rosmarino, com a presença de apenas 5 confrades, e 6 ótimos Merlots das Americas, das safras 2004, 2006, 2007 e 2008, representando diversos países produtores: Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Estados Unidos. O menu, sempre a cargo do nosso confrade Paulo Sampaio, estava muito bom.
Os vinhos harmonizaram muito bem com o menu escolhido..
Couvert: Pães especiais da casa, chèvre al huille, relish de pepino e manteiga
Primeiro Prato: Tagliatelle aos cogumelos frescos
Prato principal: Steak au poivre vert com rösti de batata
Sobremesas: Creme brulée ao limão siciliano, tarte tatin com sorvete de canela, torta de nozes e mel com sorvete de creme, sorvete de coco com baba de moça ou terrine de frutas frescas.
O ambiente, a comida e o serviço, como de costume, estavam excelentes..
Como mencionado acima, a degustação contou com nove vinhos, com níveis alcoólicos variando entre 13,5% e 14,5%.
A seguir uma breve descrição dos vinhos degustados:
Angostura Gran Reserva 2008
Produtor: Casa Silva
País/Região: Chile/Colchagua
Graduação alcoolica: 14.5%
Merlot Terroir 2004
Produtor: Miolo
País/Região: Brasil/Vale dos Vinhedos
Graduação alcoolica: 13.5%
Fabre Merlot Gran Reserva 2008
Produtor: Fabre Montmayou
País/Região: Argentina/Patagonia
Graduação alcoolica: 14.5%
Blue Label Merlot 2007
Produtor: Francis Coppola
País/Região: EUA/California
Graduação alcoolica: 13.5%
Storia 2006
Produtor: Casa Valduga
País/Região: Brasil/Vale dos Vinhedos
Graduação alcoolica: 14.5%
Bouza Merlot B9 2006
Produtor: Bouza
País/Região: Uruguai/Canelones
Graduação alcoolica: 14.5%
Vinhos degustados
A uva merlot apresenta aroma mais doce, é mais suave na boca e menos ácida que a Cabernet Sauvignon. No velho mundo, a merlot é coadjuvante nos vinhos da margem esquerda do Gironde, mas a leste de Bordeaux, na margem direita do rio, em Pomerol e St. Emilion, é a estrela máxima, graças a tintos ícones no mundo, como o "Pétrus", talvez o tinto mais célebre do planeta. A doçura da fruta do merlot se converte numa sinfonia quando o clima da margem direita colabora, originando uma potência inusitada na boca.
No Novo Mundo, o merlot geralmente não atinge esses níveis, embora existam exceções. Uma boa parte dos vinhos tintos do Cone Sul tem a merlot em sua composição.
Desde 1994, no Chile, quando se descobriu que muito do que se conhecia como merlot era na verdade carmenère. Atualmente começam a chegar ao mercado bons merlots chilenos, desde que se constatou que a merlot originava bons vinhos com uvas vindas de clima frio. A merlot Chilena apresenta aromas que nos levam a algo repleto de especiarias, com um toque de canela e cravo-da-índia, misturados a pimentão verde, sobre taninos suaves de textura aveludada.
A Argentina tem obtido bons merlot em Tupungato e Alto Agrelo, zonas mais frias que Mendoza. Com clima mais ameno que Mendoza, a Patagônia, tem grandes amplitudes térmicas diárias, o que garante vinhos com mais frescor.
O Uruguai tem produzido belos vinhos dessa uva, na região de Canelones, uma região de clima temperado, mais úmido e com grande índice pluviométrico.
No Brasil, alguns locais da Serra Gaúcha e da Campanha têm se revelado próprios para o cultivo da merlot, apresentando vinhos de excelente qualidade e custo benefício.
Os resultados do nosso painel se mostraram relativamente equilibrados, com uma dispersão de notas na média aparada de 3,3 pontos (de 84,7 a 88,0).
O vinho que ficou em último lugar foi o Fabre Merlot Gran Reserva 2008, produzido pela Vinicola Fabre Montmayou, na Patagonia, escolhido o pior vinho por 4 confrades.
O segundo melhor vinho do painel, foi o Bouza Merlot B9, produzido pela Vinicola Bouza, em Canelones, no Uruguai, considerado o melhor vinho por um confrade, o segundo melhor por outros dois e o pior por outro.
O Campeão da noite, foi o Storia 2006, produzido pela Casa Valduga, no Vale dos Vinhedos, que ficou em primeiro lugar para dois confrades.
Não se esquecam que o nosso próximo encontro será no dia 17 de Novembro, quando degustaremos Pinot Noir da Borgonha, das safras 2003 a 2005. Até lá....
Não percam esta grande degustação.
Fonte: Algumas informações foram extraídas da Revista Adega